20 dezembro 2007

Nova Exposição de Fotografia "ALAGOAS, Brasil"

Foi inaugurada, dia 6 de DEZEMBRO, a nova Exposição de Fotografia
intitulada "Alagoas", autoria Marta Lourenço.


Alagoas "é tudo"
"Em conversa com a Adriana, dona da Pousada Aldeia Beijupirá, ela dizia-nos a dada altura a propósito do nosso país: "a vossa comida é tudo... o Bairro Alto é tudo", chegou a hora de retribuir o elogio: Alagoas é tudo!
O melhor desta viagem:
A pousada Aldeia Beijupirá, a gastronomia da Adriana e o bom gosto do nosso conterrâneo Joaquim, a simpatia com que nos acolheram, o inesquecível encontro com Aldo um dos poucos manatins que vive nas águas do rio Tatuamunha (não vou esquecer especialmente as mordiscadelas nos meus pés Aldo ;), o facto de ainda não ter sido atingido pelo turismo de massas, as caipirinhas, os dengos, o olhar do povoado em S. Miguel dos Milagres. Quem diria que entre Recife e Maceió havia um segredo tão bem guardado!
O pior:
A estrada que nos leva a este paraíso, a BR101 tem uma armadilha a cada curva. Resultado: 1 pneu furado.
"
Marta Lourenço

19 dezembro 2007

Viajar por Fernando Pessoa

1. “Something in me was born before the stars / And saw the sun begin from far away. / […] It dates remoter than God’s birth can reach […]” - Pré-existir ao mundo e a Deus, saudade e transmigração cósmica na poesia inglesa.

2. “O abismo é o muro que tenho / Ser eu não tem um tamanho”, “Ser outro constantemente” - Vazio, omnipresença e outração do eu; o viajar-se heteronímico no Fernando Pessoa ortónimo.

3. “O essencial é saber ver, / Saber ver sem estar a pensar” – A (im)possível serenidade do “homem verdadeiro e primitivo” em Alberto Caeiro.

4. “Para ser grande, sê inteiro: nada / Teu exagera ou exclui”; “Senta-te ao sol. Abdica / E sê rei de ti próprio” – Integridade, desprendimento e soberania em Ricardo Reis.

5. “Ah não ser eu toda a gente e toda a parte !” - Do terrível “mistério” de “haver ser” à ânsia de “sentir tudo de todas as maneiras” em Álvaro de Campos.

6. “Reparei, num relâmpago íntimo, que não sou ninguém. Ninguém, absolutamente ninguém”; “Posso imaginar-me tudo, porque não sou nada” – Vacuidade do eu e ilimitada ilusão de si em Bernardo Soares.

7. “O futuro de Portugal […] é sermos tudo”; “É a Hora!” – Do “transcendentalismo panteísta” às “Índias Espirituais” e ao Quinto Império, do “Supra-Camões” ao neo-sebastianismo e ao regresso em todos do Rei Encoberto.

8 – Pessoa em nós: a loucura lúcida e a pro-vocação ao “Caminho da Serpente” – experimentar e transcender “todas as coisas”, compreender a sua “vacuidade” e “ilusão” e não parar em “Deus”.

Na Associação Agostinho da Silva


www.agostinhodasilva.pt
8 sessões, a partir de 25 de Janeiro, sempre às sextas (18h00-19h30)

09 dezembro 2007

Café dos Poetas recomenda A Senhora do Manto Azul, de Javier Serra


No Café dos Poetas também se ouve rádio. E foi através da Prova Oral da Antena 3 que descobrimos Javier Serra, autor de «A Senhora do Manto Azul». Um livro que nos fala de uma freira católica, a quem se atribuem fenómenos de bilocação, bem como a receita do chili com carne.

Leia mais sobre o livro aqui: http://www.javiersierra.com/index.php

01 dezembro 2007

o Café dos Poetas deseja a todos os seus clientes, colaboradores & amigos
tropeções MUITO felizes

20 agosto 2007

Café dos Poetas recomenda Quando Nietzsche chorou, de Irvin D. Yalom

«-(...) Peço-lhe que me cure do desespero.
- Desespero? Nietzsche largou a pasta e
inclinou-se para a frente.
– Que tipo de desespero? Não vejo nenhum
desespero.
- Não á superfície. Aí, pareço viver uma vida satisfatória. Mas sob a superfície, reina o desespero. O senhor pergunta que espécie de desespero? Digamos que a minha mente não
me pertence, que sou invadido e atacado por pensamentos estranhos e sórdidos.
Como resultado, sinto menosprezo por mim próprio e duvido da minha integridade. (...) Quem é que tem formação?
A quem posso recorrer? A um médico? Tal tratamento não faz parte
do curriculum médico. A um líder religioso? Devo adoptar os contos de fadas religiosos? (...) O senhor, um filósofo da vida, dedica o seu tempo
a contemplar exactamente as questões que confundem a minha vida.
A quem recorrer, senão a si?»


Irvin D. YALOM, Quando Nietzsche chorou, pp. 149-150

19 agosto 2007

Nova Exposição de Fotografia "CASTELO DOS MOUROS"

Inauguração dia 20 de AGOSTO da nova Exposição de Fotografia
intitulada "Castelo dos Mouros", autoria SD.


31 julho 2007

23 março 2007

Exposição de Fotografia "CASTELO DE PALMELA"

Inauguração dia 26 de Março a nova Exposição de Fotografia
intitulada "Castelo de Palmela", autoria Fernando Feiteiro.

21 março 2007

E vivá Poesia

Um poema não é uma coisa que se coloca sobre o teu dia como um condimento sobre o teu almoço. A vida de uma pessoa não tem material semelhante a nada que conheças. Existir é feito de peças impossíveis de copiar. E a poesia não entra nesse material único - a vida de uma pessoa - como o avião no ar ou o acidente do avião na terra dura. Um poema não é manso nem meigo, não é mau nem ilegal. Os homens não se medem pelos poemas que leram, mas talvez fosse melhor. O que é a fita métrica comparada com algo intenso? Há poemas que explicam trinta graus de uma vida e poemas que são um ofício de demolição completa: o edifício é trocado por outro, como se um edifício fosse uma camisa. Muda de vida ou, claro, muda de poema.

Gonçalo M. Tavares, in 'A Perna Esquerda de Paris'

21 DE MARÇO - DIA DA POESIA

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce á rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.

Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

Ary dos Santos

17 janeiro 2007

16 janeiro 2007

eu & o Café dos Poetas

Lembro-me de ter combinado um café com uns amigos, da faculdade. Há imenso tempo que não os via e muita era já a conversa para «pôr em dia».
Combinamos no Café dos Poetas? Sim, pode ser. Perto do El Corte Inglés, certo? Sim, sim. Às 16h, para aproveitarmos bem a tarde.
Assim foi. Eu, o Pedro, a Catarina e a Raquel. Os quatro mosqueteiros da poesia, como nos intitulavamos na faculdade.
Já conhecia o espaço, bebi lá um café meio à pressa e nem tive tempo de ler os poemas ou mesmo «visitar» as fotografias expostas.
Mas nesse dia, o do reencontro com os meus mosqueteiros e companheiros de escrita, tivemos oportunidade de divagar pelas fotografias, pelos poemas... Cada um de nós levou o livro que estava a ler na altura e acabamos por conversar com outros clientes do café sobre aquilo que os livros nos contavam, e sobretudo sobre aquilo que queríamos contar aos livros. Num ápice se organizou uma tertúlia...
Às tantas perdemo-nos nas conversas e muito ficou para pôr em dia. Mas qualquer desculpa serve para voltar ao Bairro Azul, para um café e um bolo de chocolate... divinal!!

Assim é o espaço dos Poetas, onde também se bebe café. Parabéns pelo segundo aniversário.

Exposição de Fotografia "Berlengas"


Para comemorar o seu 2ª Aniversáro, o Café dos Poetas vai inaugurar dia 17 de Fevereiro uma nova Exposição de Fotografia intitulada " Berlengas", autoria de S.D. e J. Sousa.