18 agosto 2009

Para o meu pequenino Rodrigo

Pequenina
És pequenina e ris ... A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa ...
Haste de lírio frágil e mimosa!
Cofre de beijos feito sonho e neve!

Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te faz tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!

O ver o teu olhar faz bem à gente ...
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente ...

Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que sou!

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

3 comentários:

JOTA ENE ✔ disse...

ººº
Oh Olinda (minha mãe é Deolinda), nunca tinha vindo aqui, sabes que gostei... não te via uma poeta.

As mulheres por vezes, surpreendem-me p'la positiva, claro.


0000000__________000______000000
00000000_________000_____000__000
000___00_________000____000____000
000___00_________000____000____000
0000000__________000____000____000
0000000____000___000____000____000
000___00___000___000____000____000
000___00___000___000____000____000
00000000____0000000______000__000___000___000___000
0000000______00000________000000____000___000___000

olinda silva disse...

Jota...
Ainda bem que te surpreendi. É tão raro, hoje em dia, surpreendermos as pessoas pela positiva, parece que já ninguém acha graça a nada!?
Mas não sou poeta, quem me dera, adoro, isso sim, a poesia.
Beijo par ti.

olinda silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.